sábado, 12 de dezembro de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Próxima estación
PRÓXIMA ESTAÇãO
Fiquei varios minutos
pensando pra quem escrever.
Depois de tal desabafo,
vém aquela necessidade de dividir aquele anúncio escondido trás outros anúncios,
aquele que esta na frente todos os dias,
mas estando tão concentrados em nossa não concentração,
desaparece, estando sempre presente.
Olhando uma tela branca
tremida,
Inconforme com o desfecho tão descolorido,
continuo pensando pra quem envio estas linhas,
neste caso,
diferenciado
não ficaram só pra eu ler depois de semanas e ver como mudou a
percepção do escrito,
porque agora pegou pessado.
e vai demorar pra querer ler essas linhas novamente,
simplesmente porque dói.
e a pesar de ter certa relação amigável com a dor
neste particular caso,
prefiro olhar pra outro lado.
Me calo.
Entusiasmo
desvario
dois correndo atrás do gato.
Ta chegando um trem
vamos?
ah, mas eu quero sentar do lado esquerdo
sempre gostei do lado esquerdo
ah, mas eu quero sentar do lado direito
sempre gostei do lado direito,
vamos combinar
sentamos no meio?
silêncio.
um olha pro lado direito querendo o esquerdo
e o outro faz o mesmo
ao contrario.
empolgados
decidem sentar no meio,
com aquele barulho romântico de maria fumaça
começa a viagem.
no primeiro dia não importa sentar no meio.
no segundo dia, pela cabeça de cada um passa a possibilidade disso ser
um problema no futuro.
pouco importa nessa hora.
continua a viagem.
no terceiro dia um reclama pro outro que queria estar no lado contrário,
o outro sorri o que causa um efeito "solução" na outra parte,
conitnuam a viagem e começam a conversar de "outras coisas".
no quarto dia, aquele que sorriu reclama que o outro reclamou no terceiro
dia que queria sentar no outro lado e manifesta também sua vontade de ter
querido sentar no outro lado.
de novo,
mas agora a outra parte
com um olhar penetrante causa um efeito "solução" e tudo parece estar bem.
no quinto dia
um acorda com dor no pescoço,
mal humorado culpa a outro da dor e afirma que se tivesse sentado no
lado esquerdo não teria essa dor.
o outro, cansado e vítima ja do segundo reclamo, manifesa que também sente
uma dor nas costas, dor q não existiria se tivesse sentado no lado
direito.
ambos se calam,
se separam e sentam no lugar que queriam.
passa um dia.
ambos acordam com saudade do outro e decidem novamente sentar no meio.
um pouco menos pacientes mas ainda felizes de estar juntos,
coninuam a viagem.
passam 5 dias sem problemas.
a viagem é longa.
quase finalizando a primeira parte da viagem
uma das partes propõe q cada um sente no lugar que gosta,
no começo bate uma saudade
ambos inquietos sentem vontade de trocar de lugar e voltar ao meio,
ambos em diferentes momentos
refletem
e decidem que é melhor cada um ficar no lugar q gosta, afinal, vão
juntos, no mesmo trem e com mesmo destino,
não precisam por agora sentar-se juntos,
aquilo vai desgastá-los
e o fato de cada um sentar no "seu lado"
não quer dizer q não continuem fazendo essa viagem juntos,
afinal vão descer juntos do trem,
ambos querem, uma vez chegados a destino,
explorar juntos aquele lugar pelo qual tanto esperaram
e não vai importar onde sentaram,
o que vai importar é que quiseram fazer juntos a viagem
e que essa viagem fez ambos crescerem,
precisaram sentar separados,
pra depois caminhar um do lado do outro.
(essa é a versão emocional,
a real diz que cada um senta no seu lado e quando chegam no destino
final e descem do trem,
uma das partes percebe que ficava melhor sozinha,
e com dor a outra parte decide continuar até a próxima estação)
LOS HUEVOS DE FREDERICK (FRITANDO RELAÇõES)
vou até o supermercado ,
compro uma linda caixa de ovos
com o dinheiro de mais uma jornada de trabalho hipócrita.
chego em casa.
vou até a cozinha,
pego dois ovos,
os melhores da caixa.
pego minha melhor frigideira
começo a frita-los com um bom óleo
nada de reduzir custo.
deixo os ovos quietos
logo começo a mexer suavemente
mexo mais
e mais
e mais
e começo a suar
fazendo um movimento q me parece quase sexual.
eles estão ficando bons
e gritam para tirá-los
mas eu não quero
deixo-os.
mexo neles
mesmo que ja não precisam.
vão ficando secos
mais secos
e eu continuo mexendo.
começo a ficar asfixiada pela fumaça
oh fumaça!
os ovos vão ficando pretos
e continuo mexendo ovos descaraterizados.
quando ja não aguento mais
desligo o fogão
e contemplo os ovos q ja não quero comer.
vou até o supermercado ,
compro uma linda caixa de ovos
com o dinheiro de mais uma jornada de trabalho hipócrita.
chego em casa.
vou até a cozinha,
pego dois ovos,
os melhores da caixa.
pego minha melhor frigideira
começo a frita-los com um bom óleo
nada de reduzir custo.
deixo os ovos quietos
logo começo a mexer suavemente
mexo mais
e mais
e mais
e começo a suar
fazendo um movimento q me parece quase sexual.
eles estão ficando bons
e gritam para tirá-los
mas eu não quero
deixo-os.
mexo neles
mesmo que ja não precisam.
vão ficando secos
mais secos
e eu continuo mexendo.
começo a ficar asfixiada pela fumaça
oh fumaça!
os ovos vão ficando pretos
e continuo mexendo ovos descaraterizados.
quando ja não aguento mais
desligo o fogão
e contemplo os ovos q ja não quero comer.
TODOS NÓS.
ela disse que tudo passa
mas também que tudo volta.
a vida é tão injusta ela disse
e ele disse
a vida não é injusta
injusto é o homem que a vive.
afinal das contas
ninguém pede pra nascer
você pediu?.
a gente nada mesmo antes de conhecer a água.
a gente caminha mesmo sem ter pernas
a gente bebe mesmo sem abrir a boca
a gente chora
a gente ri
e a gente não sabe o que significa.
então, todos se pertencem
a vida
a injustiça
o homem.
bem-vindos ao clube!
qualquer um deles.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
escrevo para não esquecer os dias que possivelmente quero apagar do calendário (borracha?)
datas datadas de data (rotulagem!)
datas do calendário (papel picado)
calendário qualquer (mais um)
de todos os calendários. (tudo é ninguém)
hoje caminhando pelas correntes anestesiadas (inchação)
depois de assistir um filme de assuntos muito tocados (promiscuidade criativa)
me senti parte de nada (zero)
e quis voltar pra lugar nenhum, (por onde volto?)
momento intenso de não pertencer as correntezas... (?...?...?...)
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
ENTENDENDO O COMPORTAMENTO PÓS MODERNO
(BEM MODERNO, E BEM PÓS)
O IMPORTANTE É O DESAPEGO...
Carícias soltas
sem nexo
sem estrutura
cria-se um universo de gás
tendo como único objetivo
o aumento da temperatura,
do corpo
do olho
do tato
do alheio
que por um instante
finge-se verdadeiro
um desapego consciente
uma inconsciência casual
causal
uma casualidade conveniente
por uma conveniência passageira
uma rotina mal comportada
e então te declaro o quanto não te quero
o quanto não vamos conhecer um ao outro
e trocamos fluidos
carícias vazias
e te digo ao ouvido
com carinho fingido
que dificilmente lembrarei do teu sabor
dos teus olhos que tentam achar sentido
te digo que dificilmente pensarei em ti
e da impossibilidade do par.
e me tocas
e te toco
e me pedes licença
e eu te deixo entrar
e a porta fica sempre aberta
para não demorares muito a sair...
não há tempo para expectativas
tudo acaba antes mesmo de começar.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
JUANITA PLUGADA.
não sinto a brisa
não sinto a brisa
mas sinto a parede
sinto a tela
sinto o motor quente.
24 horas de luz acesa.
mas não sinto a brisa.
olhos ardendo
mão gelada
cadeira e corpo
um corpo só.
não sinto o vento na cidade do vento
não sinto a chuva na cidade da chuva
não sinto o bafo alcoolizado de quem chora no meu ombro naquele bar perdido
mas vejo um emoticon chorando numa tela furiosa
não sinto a pele
não sinto o cheiro
mas sinto o cabo
sinto o cabo
o cabo, sinto.
pergunte a juanita como é a brisa lá fora.
pergunte a Juanita.
* no seu primeiro encontro Juanita teclava na mesa do restaurante,
o acompanhante se limitou a imitar o gesto.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
MENINA CANETINHA (NIÑA LAPICITO)
Menina canetinha chora.
Menina canetinha se sente diferente
e se esconde.
Menina cantinha tem medo de asas,
medo de articulações passaroidas. (*)
Menina canetinha não sabe o que quer
mas sabe que quer alguma coisa
e por isso tenta e tenta,
acha e desacha.
Menina canetinha sempre com papel embaixo do braço,
anotações sem fim de uma vida finita.
Menina canetinha se ilude com pouco
e desilude com menos ainda,
menina canetinha vive mais na cabeça que no mundo que pisa
dele se alimenta
e vomita dores de ansiedade
do mundo que não aceita.
Menina canetinha escreve
escreve e escreve.
Não chora não menina canetinha
pois há sempre novas folhas que esperam ser escritas por teus passos.
* pássaros androides.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
LECHE EMOCIONAL.
Não sei quantas vezes ja repeti a mesma ação
e no começo nada sabia.
Hóje me parece que sou uma extensão dessa máquina,
café cortado, parido, irlandés, globalizado,
calipso, capuccino, deportado, mal nascido, deformado.
E tudo consiste em colocar a quantidade exata de café,
de leite, e é fundamental a divisão de cores!
hóje em dia é tudo uma questão de aparência
o café até pode ter gosto de merda
mas nunca pode estar despossuído de beleza.
É como ir atrás de emprego.
Tudo está em saber se vender
para depois ser alugado num contrato sem fim
com descontos absurdos
para uma aposentadoria também absurda.
Mas, o café
tem que estar no ponto certo,
café lágrima,
capuccino italiano, ruso, paraguaio.
Café,
café das cavernas
café monogâmico
apaixonado, obsessivo, desequilibrado, bem argumentado.
Lascivo, assassino,
sarcástico, sacro.
Café antropologico
marginal,
café trotamundos,
café suicida.
Giro, aperto
aperto e giro
Queimo, esfrio, esquento.
Giro, aperto,
aperto e giro.
Café apressado.
É tudo uma questão de atitude.
Café grávido,
abortivo, esquecido, café.
Mas o que importa é a qualidade do café,
a velocidade do café,
tic tac
tic tac
tac tic.
Meu café esta frio
o meu está quente demais
o meu não é colorido,
meu café demora.
Meu café chegou rápido demais,
demais, café.
Traz o leite?
segunda-feira, 20 de abril de 2009
SERVICE IS NOT INCLUDED.
Mala pronta
coração ajeitado
rins longe da venda,
ainda.
estamos preparados para o novo caminho
que ja percorremos faz um tempo
com a imaginação
que, vale dizer
costuma ser mais doce, mais justa
e de graça, sempre,
então,
lá vamos nós.
o ponto de encontro foi marcado pro meio dia.
imprevistos acontecem.
cada um anota detalhes que merecem ser divididos.
12.05 roendo as unhas.
13.24 talvez algo aconteceu, ligação pra rodoviária.
14.39 acho que vou pra casa.
16.01 quem sabe, quem?
20.00 valium, 3 comprimidos.
no outro dia...
viste www.vendoorgãos.com.br
preço conversável...
...coração encolhido...
às vezes odéio o imprevisto da vida...
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
DELÍRIOS POST ROMANCE.
Estou cansada das flores,
afinal elas sempre murcham sem importar sua procedência,
e não tem a ver com a água cheia de coliformes em que coloco elas,
a mesma água para flores tão diversas.
Agora quero sementes,
sementes de flores impossíveis
e ter um campo cheio delas.
manter,
manter,
mantê-las
manter-me.
domingo, 29 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
PUTA VIDA
trate a vida como uma puta.
ame mas não apegue;
grite mas não tão forte
(ela reage e fode seus ouvidos)
aperte mas não machuque.
peça loucura mas sem doçura
quando quiser doce
peça amargo.
feche os olhos
mas olhe de vez em quando
nunca se sabe o q ela pode fazer num descuido.
quando ela entrar
segure
se sair
não segure.
ela sempre volta pra mesma esquina.
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